Apresentação do livro de Isabel Stilwell na Falcoaria Real

22
nov
A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos vai assinalar no dia 1 de dezembro o 2º aniversário do Reconhecimento pela UNESCO da prática da Falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade. No âmbito das comemorações, a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos recebe, pelas 15h, a apresentação do mais recente romance histórico de Isabel Stilwell “D. Maria I”. 
 
A escritora e jornalista foi autora de “O Príncipe D. Luís e O Mistério do mapa Roubado – Salvaterra de Magos ano de 1515”, o quarto livro infantil lançado pela Câmara Municipal em 2017, por ocasião das Jornadas de Cultura.
 
A sessão de apresentação do novo romance de Isabel Stilwell vai contar também com um momento musical com a harpista Katherine Ann Fiero, a soprano Maria Varandas e a Mezo Soprano Catarina Rodrigues.
 
Para as 16h, está marcada a inauguração da exposição permanente “Falcoaria: uma prática real em Salvaterra de Magos”.
 
Recorde-se que a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos liderou a candidatura da prática da Falcoaria como Património Cultural Imaterial da Humanidade, juntamente com a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Falcoaria, tendo conseguido o reconhecimento da UNESCO a 1 de dezembro de 2016, em Adis Abeba, Etiópia.
 
Em 2017, como forma de assinalar o primeiro aniversário deste reconhecimento, foi inaugurado o Centro de Documentação “Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes” que reúne uma biblioteca, um arquivo, uma sala de leitura, a sede da Associação Portuguesa de Falcoaria e o Espaço Cátedra UNESCO.
 
A criação deste Centro de Documentação veio fortalecer o registo assumido em 2014 de "Salvaterra de Magos - Capital Nacional da Falcoaria", tornando a Falcoaria Real num edifício que preserva a evolução histórica da falcoaria, aliando o conhecimento e a investigação à prática desta arte milenar cada vez mais ativa no nosso país.
 
 
"D. Maria I - Uma rainha atormentada por um segredo que a levou à loucura"
 
No romance de Isabel Stilwell, D. Maria I vive e recorda alguns dos seus melhores e mais tranquilos momentos no Paço de Salvaterra de Magos, "os meus favoritos eram os dias de caça às lebres, como admirava a pompa com que os meus pais rodeavam as caçadas, os embaixadores comentavam que não se fazia melhor lá fora", foi também nesta Vila que se manifestam os primeiros sinais exteriores de loucura da Rainha, resultado do desgaste psicológico que vivia. Atormentada com a alma de seu pai, que estava certa pairava no inferno, vê morrer vários filhos inclusive o Príncipe herdeiro D. José, assistindo também à morte da sua mãe e do seu marido e tio Pedro III, dois grandes amigos e conselheiros. Durante o seu reinado, D. Maria I encomenda a Machado de Castro, para além de importantes peças para a Basílica da Estrela, uma nova pieta para a Capela Real de Salvaterra de Magos, por considerar a existente com expressões demasiado dramáticas, talvez também D. Maria se revisse naquela escultura.
 
O romance acontece num cenário de conspiração e intriga em pleno século XVIII, relatando alguns acontecimentos importantes vividos em Portugal, como o terramoto de 1755, o poder do Marquês de Pombal, o processo dos Távora, conflitos com Espanha. É também durante o seu reinado que se vive grande agitação politica no estrangeiro, a revolução francesa e a independência dos Estados Unidos.
 
      
 
 
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