O Edifício

A construção do edifício da Falcoaria Real de Salvaterra de Magos data do século XVIII. De arquitetura pombalina contou com orientações do arquiteto Carlos Madel e apresenta influências das falcoarias holandesas de Setecentos, constituindo um exemplar único na Península Ibérica.
 
Considerada a mais nobre das artes cinegéticas, a falcoaria foi apanágio de imperadores, reis e príncipes de todo o mundo. A história da Real Falcoaria de Salvaterra está intimamente associada à história do Paço Real – Casa de Campo da Coroa – que, com o passar do tempo, transformou a nobre vila ribatejana num importante centro da vida social e artística da corte portuguesa. O período de maior ascensão da Falcoaria dá-se em 1752 com a chegada de uma dezena de falcoeiros holandeses de Valkenswaard, para ensinar esta arte.
 
A caça foi desde sempre um dos passatempos prediletos da Família Real Portuguesa, facto que se reflete no seu calendário cinegético que tinha uma duração aproximada de 8 a 9 meses por ano.
 
Neste calendário, as “jornadas de caça” em Salvaterra assumiam particular importância, decorrendo nos meses de inverno, habitualmente entre novembro e fevereiro.
A proximidade com Lisboa e com o Rio Tejo, as excelentes coutadas de caça faziam com que em Salvaterra se reunissem as melhores condições para que a corte apreciasse em pleno uma das suas atividades favoritas: a caça.
 
Motivos suficientes para que, no século XVIII, se construísse nesta vila a Falcoaria Real Portuguesa.
 
A saída da Família Real para o Brasil, devido às invasões francesas, foi considerada como ponto de partida para a sua degradação e decadência. Com a República, grande parte dos bens da Coroa foram vendidos em hasta pública, fazendo com que a Falcoaria perdesse as suas funções de origem.
 

O processo de recuperação e valorização da Falcoaria Real começou há mais de 60 anos, quando este edifício é classificado, em 1953, como Imóvel de Interesse público (Decreto n.º 39 175, DG, I Série, n.º 77, de 17-04-1953), obrigando a que a sua traça arquitetónica fosse mantida. Na década de 1980, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos consegue comprar o edifício ao seu último proprietário privado, o Conde Monte Real, e no ano de 2009 volta a abrir as suas portas, completamente recuperado.

 

XVIII
CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO DA FALCOARIA REAL arquitecto Carlos Mardel
XIX
FALCOARIA REAL PERDE A SUA FUNÇÃO E É VENDIDA EM HASTA PÚBLICA
XX
CLASSIFICADO EDIFÍCIO DE INTERESSE PÚBLICO 1953
AQUISIÇÃO DO EDIFÍCIO PELA CAM. MUN. SALVATERRA DE MAGOS 1980
XXI
FALCOARIA REAL ABRE AS PORTAS AO PÚBLICO SETEMBRO 2009
REGISTO DA MARCA SALVATERRA DE MAGOS - CAPITAL NACIONAL DA FALCOARIA 2014
UNESCO DECLARA FALCOARIA EM PORTUGAL COMO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE 2016
Associação Portuguesa de Falcoaria Município de Salvaterra de magos Património Cultural - DGPC República Portuguesa - Cultura Universidade de Évora
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