2º Aniversário da Falcoaria como Património da UNESCO

05
dez
A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos assinalou no dia 1 de dezembro o 2º aniversário do Reconhecimento pela UNESCO da prática da Falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
 
No âmbito das comemorações, a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos recebeu a apresentação do mais recente romance histórico de Isabel Stilwell “D. Maria I” e a inauguração da exposição permanente “Falcoaria. Uma prática real em Salvaterra de Magos”.
 
Na ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Manuel Esménio, destacou: “Faz hoje dois anos que a Câmara Municipal, com a ajuda da Associação Portuguesa de Falcoaria e da Universidade de Évora, conseguiu que a Unesco integrasse Portugal na lista de países onde a falcoaria é Património Imaterial da Humanidade. Faz hoje um ano que inaugurámos o Centro de Documentação da Falcoaria Real a que atribuímos o nome de Natália Correia Guedes e do seu pai, com o objetivo de recolhermos o máximo de espólio bibliográfico possível sobre caça, falcoaria e património. Brevemente estará disponível, com a ajuda da Universidade de Évora, no site da Câmara Municipal a base de dados deste Centro de Documentação”.
 
Na sessão, Isabel Stilwell, autora de “O Príncipe D. Luís e O Mistério do Mapa Roubado – Salvaterra de Magos ano de 1515”, o quarto livro infantil lançado pela Câmara Municipal em 2017, por ocasião das Jornadas de Cultura, explicou que o seu mais recente romance, “D. Maria I”, é um livro muito interessante” porque relata “uma época empolgante”. 
 
“Salvaterra de Magos tem um lugar central na vida de D. Maria I. Desde pequena que ela vinha para Salvaterra de Magos pelo menos dois a três meses por ano e é aqui que decorrem as caçadas, a ópera, os passeios no campo, há cartas que dão conta que os Reis, pais dela, pescavam no Rio, sozinhos”, salientou, continuando “é aqui que ela sabe da morte do Marquês de Pombal, é aqui que ela vai assinar pela última vez e vai enlouquecer”. 
 
A escritora e jornalista conta já com mais de duas dezenas de livros, de vários estilos literários, publicados. “Os romances históricos dão-me imenso prazer escrever, não só pela escrita em si, como toda a parte da descoberta e da investigação”, disse.
 
A apresentação contou também com um momento musical com a harpista Katherine Ann Fiero, a soprano Maria Varandas e a Mezo Soprano Catarina Rodrigues.
Seguiu-se a inauguração da exposição permanente “Falcoaria. Uma prática real em Salvaterra de Magos”.
 
Recorde-se que a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos liderou a candidatura da prática da Falcoaria como Património Cultural Imaterial da Humanidade, juntamente com a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Falcoaria, tendo conseguido o reconhecimento da UNESCO a 1 de dezembro de 2016, em Adis Abeba, Etiópia.
 
Em 2017, como forma de assinalar o primeiro aniversário deste reconhecimento, foi inaugurado o Centro de Documentação “Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes” que reúne uma biblioteca, um arquivo, uma sala de leitura, a sede da Associação Portuguesa de Falcoaria e o Espaço Cátedra UNESCO.
 
A criação deste Centro de Documentação veio fortalecer o registo assumido em 2014 de "Salvaterra de Magos - Capital Nacional da Falcoaria", tornando a Falcoaria Real num edifício que preserva a evolução histórica da falcoaria, aliando o conhecimento e a investigação à prática desta arte milenar cada vez mais ativa no nosso país.
Património Cultural - DGPC Universidade de Évora República Portuguesa - Cultura Município de Salvaterra de magos Associação Portuguesa de Falcoaria
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